terça-feira, 7 de agosto de 2012

Sempre acreditei em amizades que duram a vida toda. Sonhadora e romântica, fui menina, moça, mulher, tudo ao mesmo tempo. Quis crescer quando devia ser criança e quis ser criança, quando já não podia mais.
A vida humana é composta de conquistas, fracassos, esperança e grandes mudanças. As mais significativas acontecem quando uma pessoa sai de um estado de vida e faz outras escolhas, que podem mudar para sempre o rumo de uma ou mais vidas.
O importante é que a gente sempre aprende. Mas, infelizmente, quase que por instinto, também aprendemos a nos defender das coisas ou das pessoas que nos magoam.
Dialogar é sempre a melhor opção, mas para isso, precisa haver quem fale e quem seja capaz de escutar.
Há muitos anos atrás, tive uma amiga muito querida. Apesar de um pouco mais velha, tínhamos um relacionamento muito saudável. Juntas fizemos muitas coisas boas: lindas serenatas, passeios ao sol, na chuva, longe ou perto. Lemos, trocamos experiências, confidências, rimos e choramos, choramos muito. Fomos um pouco de tudo, irmã, mãe, filha e amiga uma da outra.
Por razões que hoje nem consigo recordar, foi mais fácil optar pela própria defesa, a enfrentar as diferenças que foram surgindo no decorrer da vida. A distância não separou somente nossos corpos, mas nossos corações. Acredito que esta é a pior de todas as distâncias.
Depois de tanto tempo, por meios inimagináveis, voltamos a nos unir... Via satélite, entre uma linha e outra, numa conversa tímida, quase sem querer, tudo é revelado, exposto e resolvido.
Lágrimas, sorrisos, nem sei, porque agora, já não é mais a distância do coração que nos separa, mas a física. Hoje, são aproximadamente 1500 quilômetros que nos separam fisicamente. Porém, menos de um segundo é o suficiente, para nos unir, em tempo real, nesta nova realidade.
Acredito que um dia vamos nos encontrar novamente. Sempre acreditei nisso, no fundo do meu coração.
Amigos também podem se desentender. E apesar de ser bem mais fácil excluir da própria vida quem nos causa algum dessabor, a lacuna deixada pela ausência do amigo é um espaço que jamais outra pessoa poderá preencher.
Outros amigos vieram e ainda virão. Muitas pessoas ainda farão diferença em nossas vidas. Mas o amigo fiel, o irmão, aquele com quem confidenciamos os sentimentos mais profundos da alma, esse vai sempre permanecer em nosso coração.

2 comentários:

  1. Acabei de ler... Por enquanto estou sem palavras, mas com o coração feliz. Te amo minha irmãzinha! E obrigada...

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  2. Meninas, meninas... Ahhhh, como é bom sentir amigos (as) por perto, mais perto. O amigo é alguém que nos causa segurança! Já pensaram nisso? É alguém com quem podemos contar e contar e contar e de vez em quando divergir. Eu sempre me dediquei à amizade. Acreditava nesse elo e não deixei de acreditar. A decepção causada por quem amamos não significa desistir das pessoas ou do mundo. Feliz demais com vocês, por esta partilha, por estes momentos de Céu entre amigos!

    Ah, gostei do que vc disse:
    - "Quis crescer quando devia ser criança e quis ser criança, quando já não podia mais."
    - "Amigos também podem se desentender. E apesar de ser bem mais fácil excluir da própria vida quem nos causa algum dessabor, a lacuna deixada pela ausência do amigo é um espaço que jamais outra pessoa poderá preencher."
    - "Mas o amigo fiel, o irmão, aquele com quem confidenciamos os sentimentos mais profundos da alma, esse vai sempre permanecer em nosso coração."

    "Que o Anjo de Deus abram os nossos caminhos!"

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