Toda profissão tem seu valor. Todo
trabalho é digno. Toda escolha traz consigo inúmeras consequências.
A escolha da profissão pode ser uma decisão simples, se existirem
boas oportunidades; ou difíceis, se estas forem escassas, quase como encontrar
agulha no palheiro.
Uma coisa é certa, seja qual for a escolha, ou a situação em que
se viva, é preciso ter muita responsabilidade e a certeza de que, mais que o
dever cumprido, existe a consciência de cidadão, justo, honesto, que, embora
errante, é capaz de recomeçar sempre.
Ser professor, por exemplo, é uma decisão importante. Porque
educar é semear hoje, para colher Deus sabe quando!
Existe uma frase que diz que "a Educação não pode ser
delegada somente a escola. O aluno é transitório. Filho é para sempre".
O grande desafio é que uma boa porcentagem dos pais não pensam assim e desta
forma, sobra grande parte da formação do aluno aos educadores, que enfrentam,
principalmente, crianças sem limites, adolescentes desinteressados, jovens sem
objetivo na vida.
Alguns profissionais vivem a triste experiência da violência,
física ou psicológica. Outro dia uma professora do primeiro ano, da primeira
etapa do ensino fundamental, foi vítima de um incidente ocorrido dentro da sua
sala de aula. O saldo dessa ocorrência foi um deslocamento de retina.
Aí encontramos várias situações
misturadas, mas a principal delas é “uma tal” de inclusão, que poderia ser a
melhor coisa desse mundo se alguns fatores fossem respeitados, como o número
reduzido de alunos em sala de aula, profissionais preparados para trabalhar
nesta área, material didático adequado e um espaço que não ofereça grandes
riscos aos incluídos.
Mas o que encontramos, na verdade, é uma “pseudo” inclusão. Salas
superlotadas, professores despreparados, sem motivação e sem condições de
ajudar, da maneira eficiente, a quem mais necessita.
Um aluno com deficiência visual (enxerga pouco), por exemplo, é
alguém que precisa de atenção dobrada. Mas numa sala com 30 alunos? Porque ele
não consegue enxergar o que está na lousa, não consegue, ao menos, ler o que
está escrito com letras grandes e pretas numa folha branca. E o professor, não
tem como ensiná-lo em braile, e também não consegue ensiná-lo com métodos
tradicionais.
Outro que não consegue aprender, depende
do professor para realizar suas atividades. Mas existem outros 24 para serem
ajudados.
Trabalhar
30, 40 horas por semana é mais uma ilusão de quem escolhe esta profissão. Além
do período na unidade escolar, muitas vezes, é preciso levar muitas tarefas
para serem concluídas em casa.
E ainda tem político dizendo que professor ganha muito bem, porque
trabalha só meio período para ter o salário que tem. Alguém ouviu dizer que
algum professor ficou rico dando aulas em um só período? Mas nem se dobrarem, e
a maioria dobra e se desdobra.
Político que fala isso, não merece voto, consideração, nem ser
ouvido pelos eleitores. Aliás, com certeza, tal político não tem mãe
professora, muito menos esposa, para sentir na pele a impaciência, o mal humor,
a irritação, de uma professora ao retornar para casa. Porque é lá que ela pode
extravasar, ser ela mesma! Porque é um trabalho que exige muita energia,
autoconhecimento, autocontrole e muita, mas muita paciência.
Entretanto, é uma profissão encantadora! Ensinar, aprender, partilhar a vida, perceber que você pode colaborar para a formação de uma pessoa, que possui sentimentos, capacidade de amar, sentir raiva, acertar e errar. Não tem preço ver um sorriso sincero no rosto de uma criança, sua alegria depois de um elogio, ou de uma atividade lúdica que trouxe mais emoção na aprendizagem! Tudo isso é muito gratificante! É o que faz valer a pena todo esforço, todo cansaço do dia a dia! São estes os motivos que nos fazem acordar cedo, dormir tarde, lutar, correr contra o relógio!
Entretanto, é uma profissão encantadora! Ensinar, aprender, partilhar a vida, perceber que você pode colaborar para a formação de uma pessoa, que possui sentimentos, capacidade de amar, sentir raiva, acertar e errar. Não tem preço ver um sorriso sincero no rosto de uma criança, sua alegria depois de um elogio, ou de uma atividade lúdica que trouxe mais emoção na aprendizagem! Tudo isso é muito gratificante! É o que faz valer a pena todo esforço, todo cansaço do dia a dia! São estes os motivos que nos fazem acordar cedo, dormir tarde, lutar, correr contra o relógio!
Professor ganha muito? Desafio qualquer político a viver um único
dia na "pele" de um educador. Só assim poderá dizer quanto ganha um professor!