sábado, 13 de outubro de 2012

Marcas do tempo

A gente passa a vida inteira tentando ouvir verdades que nunca foram ditas
Dizer palavras que ficaram escondidas
Mas tem palavra que custa a sair, tem verdades que custam a acontecer
Talvez por respeito humano, medo ou incerteza...
A vida não costuma dar outra chance, é preciso saber aproveitar o momento
São tantas as nossas possibilidades, que fica difícil escolher
Mas quando a escolha é feita, não dá para retroceder
É preciso seguir em frente, sem medo de ser feliz ou infeliz
É como o vento que leva tudo que encontra pelo caminho
Mas não devolve depois...
A gente passa a vida toda tentando compreender os rumos que a vida toma
E depois que está tudo certinho, cada coisa em seu lugar,
As palavras que antes estavam guardadas no fundo do baú, 
Vêm à tona e embaralham a mente da gente!
Pensar: por que não foram ditas antes? Bobagem! Não teriam sido!
O que não era, não será também...
O rio corre... a vida passa... os dias passam...
A gente passa por eles e nem percebe que eles vão somando marcas em nosso corpo
Marcas do tempo, do vento, do espaço entre o passado, o presente e o futuro!



sexta-feira, 12 de outubro de 2012


     Remexendo os arquivos

                    Estava mexendo em arquivos antigos e encontrei escritos lindos, de fatos que já nem me lembrava mais. Entre eles, escolhi este. Resolvi arquivar aqui, no caso de perder os originais.
                    Tudo o que se quer conquistar na vida exige tempo e algum esforço, principalmente se for referente á carreira profissional. 
                    Mas o importante mesmo é não deixar passar as graças que recebemos em cada momento da vida.
                    Sempre observo como a vida é dura com algumas pessoas e tão fácil com outras... Alguns jovens entram no mercado de trabalho ainda crianças. Deixam de brincar muito cedo, perdem suas ilusões, entram para o mundo real e descobrem o valor da vida. Ainda esses dias pude observar dois garotinhos, e peço permissão para apresentá-los: Lucas, de 15 anos e Jonas, de 12.
                    O primeiro, encontrei na prefeitura, vendendo salgado de setor em setor. Perguntei-lhe seu nome e sua idade e ele me disse que é o mais velho de sete irmãos, sendo que sua mãe tem pouco mais de 30 anos. Tudo o que ele ganha, entrega nas mãos dela, e dá para tirar uns R$ 8,00 por dia, se a venda for boa. Ele estuda, mas está condenado a nunca mais possuir a ilusão de ser criança, de brincar despreocupado, de pedir presentes absurdos, de preços elevados, só porque viu na vitrine da loja ou na casa do vizinho rico. Ele sabe quanto custa o pão francês e que não dá para brincar debaixo do chuveiro porque a luz e a água estão custando o “zoio da cara”.
                    Já o outro, um pouco mais jovem, passa suas noites pelas ruas de Jacarezinho engraxando sapato. Quando o vi logo me lembrei de um amigo que quando criança também tinha este mesmo ofício. Ele oferecia uma engraxada, mas todo mundo estava de tênis. Então pedia uma moedinha, para comprar um cachorro quente ou mesmo uma pulseirinha na barraquinha da dona Maria, coisas de moleque. Da mesma forma que com Lucas, comecei a investigar o pequeno Jonas (nome de profeta e de padre!). Ele mora em Santo Antonio da Platina e viaja, de ônibus, toda noite para Jacarezinho ganhar um dinheiro para ajudar o pai no sustento da família. Perguntei-lhe se sua mãe sabia que fazia isso, ele disse que sim, que ela o apoiava, pois ele precisava ajudar em casa. Disse-me também que está na escola, cursa a sétima série do primeiro grau e sempre tira boas notas. Depois de conversarmos um pouco, deixe-lhe a única nota de R$ 1,00 que tinha e pude notar como ficou feliz. Eu não tinha sapado para ser engraxado. Depois o observei lustrando o sapado de um colega do outro lado. Ele não tinha preguiça, estava lá para trabalhar, tinha levar uma grana para casa. Tenho visto o pequeno Jonas todos os dias com seu caixote de engraxate nas escadarias da Faculdade: “Vai uma engraxadinha aí? Uma moedinha pra mim, dona?”

domingo, 7 de outubro de 2012

Como eu gosto do mês de outubro! É inexplicável! Há tempos atrás eu tinha o desejo de que tudo o que haveria de mais importante em minha vida começasse no mês de outubro. Queria casar neste mês, e que meus filhos nascessem em outubro. Coisa de maluco. No final, deu certo de casar em novembro e minha filha nasceu só em janeiro. Tem acontecimento que é difícil planejar.
Uma coisa eu sei, quando setembro vai terminando, lá pelo dia 23, eu já começo a fazer contagem regressiva. Não vejo de chegar o dia 1º de outubro, data em que a Igreja celebra a minha querida Santa Teresinha do Menino Jesus. E este ano meu outubro começou de maneira ímpar. Participei da santa missa no Santuário de Santa Teresinha, pela primeira vez! Ganhei um livro sobre Santa Teresinha de uma amiga, coisa que eu nunca esperava. E ainda comecei uma novena, bem no dia primeiro. Aí é que está, novena das rosas, é bom que haja... rosas!!! Mas minha santinha é muito simples e pequenina e desta vez, escolheu duas crianças para me trazerem o tão esperado presente: a rosa! Foi no 6º dia da novena e eu já estou ansiosa na espera de tocar a graça de Deus com minhas próprias mãos!
Mas acredito que as graças deste mês não param por aí. No dia do também querido, São Francisco de Assis, uma amiga teve a chance de dar a luz a um garoto lindo! Emoção total!
Como se não bastasse tudo isso, o melhor ainda está por vir, porque tem Nossa Senhora Aparecida, e todas as graças que virão pela sua intercessão.
É um mês de reflexão da vida de muitos homens e mulheres que alcançaram primeiro a santidade. Depois, são momento únicos, de ver florir tantas plantinhas, numa primavera de cor e fantasia!
Tudo é especial nestes dias...  Não importa se faz calor ou frio...
Sei que não posso ser insensível com relação aos amigos que sofreram perdas irreparáveis nestes dias. Com certeza, para eles, estes últimos dias não foram tão belos e coloridos assim. Mas Deus também assume o comando do seu jardim colhendo almas que deixaram esta vida para florir no Céu.
Hoje a Igreja Católica celebra Nossa Senhora do Rosário, lembrando aos fieis a importância da oração, pedindo a intercessão de Maria. E eu me recordo do dia em que meu irmão mais novo nasceu. Eu esperava uma menina, quando veio a notícia de que era um molecão. Mas quanta alegria em tê-lo conosco! Hoje nosso nenê tem 25 anos, e sua vida é um verdadeiro milagre de Nossa Senhora do Rosário!
Bem, vou parando por aqui, porque ainda temos muitos dias pela frente! Espero que cada um ao ler este texto, sinta-se agraciado, de alguma forma, pelos dons de Deus!